E como anda a reputação do nosso LinkedIn aqui? A plataforma tem sofrido tantas transformações que já existem inúmeros debates sobre o que seria um “desvio” de seu propósito inicial. De um local neutro criado para concentrar atualizações profissionais e proporcionar ofertas de empregos e de talentos, o Linkedin teria se transformado em um “Instagram do escritório”, um lugar onde as pessoas vêm contar suas histórias e conquistas pessoais, ainda que ligadas ao mundo profissional. É o marketing individual se espalhando onde mandava o sentido de comunidade. E há também a questão do “LinkedIn marketplace”, onde muitos enxergam apenas um lugar para gerar negócios e capturar clientes.
Essa tendência teria se acentuado tanto que nos últimos anos muitos críticos passaram a chamar o LinkedIn de “LinkeDisney”, devido à natureza sempre leve, às vezes piegas ou excessivamente emotiva de uma boa parte dos posts, principalmente os textos intermináveis de pessoas demitidas, em que impera um estranho sentido de agradecimento masoquista à empresa e aos chefes que acabaram de lhe mostrar a porta de saída.
Em um artigo publicado em setembro último na revista piauí (“Tão longe do Twitter, tão perto da LinkeDisney”), Manuela Barem afirma que “a corrida por criar conexões profissionais e gerar alcance acabou fazendo brotar na plataforma uma cultura afetada, muitas vezes deslumbrada com o mundo do trabalho e com desdobramentos tóxicos para algumas pessoas também fora da internet’. Uma afirmação que leva a inúmeras reflexões.
Mudar e evoluir é bom, mas teria o LinkedIn subvertido a missão para a qual foi criado?
UM DESLIZE DA COCA NO USO DA IA
O uso de Inteligência Artificial na publicidade começa a dar os primeiros problemas para