Importância da Governança Corporativa na construção de confiança e transparência

A governança corporativa é muito mais do que um conjunto de regras e práticas. É a espinha dorsal que sustenta a confiança, a transparência e a ética no ambiente de negócios

No Reputation Day, Vania Bueno mostrou que a governança corporativa vai além da gestão interna, impactando diretamente a reputação e a longevidade das organizações. 

Este conteúdo explora como a governança corporativa se tornou um pilar indispensável para a construção de relacionamentos sólidos, a preservação da credibilidade empresarial e a adaptação às constantes transformações do mercado.

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Por que a governança corporativa é crucial para a reputação? 

Segundo Vania Bueno, a governança corporativa é essencial para promover transparência, confiança e ética, protegendo investidores e garantindo justiça nas relações comerciais. Sua origem acompanha a necessidade de mediar conflitos em sociedades e atender à complexidade do ambiente empresarial, especialmente diante de crises históricas como a quebra da Companhia das Índias.

Com a globalização e os avanços tecnológicos, a governança tornou-se mais desafiadora, exigindo mecanismos modernos para lidar com operações amplas e diversificadas. Nesse cenário, a transparência é indispensável, já que a reputação empresarial, comparada a uma “conta corrente emocional”, pode ser rapidamente comprometida por falhas.

Um sistema de governança sólido é crucial para preservar a reputação, garantindo consistência, controle de qualidade e entrega eficaz. Ele sustenta a credibilidade das empresas, assegurando sua sustentabilidade em mercados cada vez mais dinâmicos e competitivos.

Quais erros podem comprometer a confiança dos stakeholders? 

No Reputation Day, Vania Bueno pontua 10 erros que podem comprometer a confiança dos stakeholders em uma empresa ou organização. São eles:

  1. Não ter foco ampliado: A governança corporativa deve atender a todos os stakeholders, indo além dos interesses exclusivos dos acionistas.
  2. Não ter transparência nos relacionamentos: Stakeholders valorizam relações saudáveis e claras com as empresas.
  3. Falta de alinhamento entre discurso e prática : Coerência e consistência são fundamentais para fortalecer a reputação e a governança organizacional.
  4. Falta de transparência: Alcançar transparência exige que práticas empresariais estejam alinhadas às promessas feitas.
  5. Não ter coerência em tempos de mudança: Mudanças rápidas tornam a consistência ainda mais crucial para a governança.
  6. Ser resistente a mudanças: A resistência à mudança pode gerar impactos negativos no longo prazo.
  7. Não se adaptar: A capacidade de adaptação rápida é essencial em um ambiente dinâmico.
  8. Não ser flexível: Uma governança moderna exige resiliência e flexibilidade diante de instabilidades.
  9. Ausência de força cultural: O “lastro” cultural, baseado em ética e responsabilidade, garante estabilidade em períodos de incerteza.
  10. Não adotar o Deep Governance: Uma abordagem 360 que envolve todos os níveis da organização para decisões eficazes e integradas.

Quais os primeiros passos para uma governança transparente? 

A governança corporativa é essencial para empresas de todos os portes, sendo fundamental para criar um ambiente de trabalho saudável e eficiente. Independentemente do tamanho da empresa, todos os membros podem se tornar agentes de governança e contribuir positivamente para o ambiente organizacional. 

Para isso, é importante que todos compreendam como a governança impacta suas atividades, seja como empreendedores ou colaboradores, e que a educação sobre governança seja acessível e valorizada em todos os níveis da organização.

No caso das empresas de médio porte, é recomendável buscar apoio de consultorias profissionais para implementar a governança de forma eficaz, garantindo que a alta liderança entenda claramente seu papel no processo. 

Já as grandes empresas devem se concentrar em estabelecer uma estrutura de compliance robusta, com regras e manuais claros, para garantir a conformidade e a transparência dentro da organização.

Além disso, a governança deve ser tratada como um valor central, integrado à cultura organizacional, e não apenas como uma formalidade. Ela deve refletir os princípios e valores da empresa. 

A ética também deve ser um pilar fundamental, com a governança sendo conduzida para promover o bem comum e não apenas como um mecanismo de controle. É importante ressaltar que governança é uma jornada contínua que evolui com as mudanças regulatórias e do ambiente de negócios, sendo crucial para o sucesso e a relevância da empresa no longo prazo.

Futuro e Tendências: O Papel da Governança 

O contexto geopolítico atual apresenta desafios que exigem uma atenção maior às pessoas nas organizações. É primordial centrar a gestão no ser humano para promover um ambiente saudável. 

Um ambiente de trabalho saudável, onde existe confiança e colaboração, aumenta a produtividade e o bem-estar, o que facilita lidar com os problemas externos de forma mais eficaz. 

A importância da governança vai além das regras, envolve cuidar das pessoas e criar um ambiente de respeito e colaboração. Isso fortalece a reputação e facilita o crescimento dos negócios. Ambientes caóticos e agressivos impactam negativamente a saúde mental das pessoas, aumentando o estresse e o Burnout. Um ambiente saudável é crucial para o bem-estar coletivo. 

Líderes têm um papel essencial em cuidar de suas equipes, demonstrando empatia e compreensão. Isso ajuda a construir um espaço de confiança e colaboração mútua. A ética no convívio é fundamental para a governança corporativa. 

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