Até onde as ações do dono influenciam a reputação de uma marca? A resposta a esta pergunta pode estar em um dos casos mais bizarros desta relação acionista/marca de que se tem notícia.
A Tesla foi a primeira montadora do mundo a obter grande êxito comercial vendendo apenas carros elétricos, mas sofre constantemente com as ações polêmicas de Elon Musk, seu principal acionista. A empresa já chegou a valer US$ 1,5 trilhão em 17 de dezembro, o que a colocava entre as montadoras mais valiosas do mundo. Mas desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA em janeiro e Musk se tornou um ministro com poderes especiais, as ações da companhia sofreram uma queda de 50%, algo em torno de US$ 750 bilhões. Tudo em apenas três meses. Sob qualquer aspecto, é muito dinheiro!
A questão extrapolou a questão de branding e se tornou um fenômeno cultural. Pessoas ao redor do mundo estão vendendo seus carros Tesla por qualquer oferta, por não concordarem com o posicionamento de Musk em relação ao governo Trump. Ativistas em diversas cidades do planeta picham os carros da marca estacionados nas ruas com palavras de ordem contra Musk. Um comercial da Tesa gravado por Donald Trump em pessoa em plena Casa Branca parece ter piorado a situação.
O empresário ainda controla a empresa aeroespacial SpaceX e a plataforma de redes sociais X (ex-Twitter), mas a Tesla sempre foi seu “porto seguro”. Qual seria o limite de perdas que Elon Musk pode suportar? E o quanto a marca aguenta os solavancos em sua reputação?
UM GOVERNANTE PODE COMPROMETER OU ARRUINAR A REPUTAÇÃO DE UM PAÍS?
Até onde a reputação de um país é colocada em risco por seu governante?
