Pessoas públicas, celebridades, empresas e as principais instituições no Brasil e no mundo travam um combate interminável contra a disseminação de fake news. Por mais que as notícias falsas tenham sido protagonistas no cenário político e social, elas também surgem com frequência no meio corporativo, impactando a reputação da marca em diversos mercados. Como lidar com o problema?
Monitoramento constante, planos de gerenciamento de crise e até o conteúdo editorial e jornalístico, com base em dados e informações factíveis, são fundamentais para superar a dificuldade imposta pela desinformação.
Neste artigo, falaremos mais sobre o assunto e você verá na prática soluções para prevenir e lutar contra as notícias falsas, quando necessário. Acompanhe!
O que são as chamadas fake news?
O termo vem do inglês fake (falsa/falso) e news (notícias). Em sua tradução literal, a palavra significa notícias falsas. Apesar de se tornar mais constante no nosso vocabulário recentemente, a expressão é bem mais antiga e data do final do século XIX.
Estima-se que tudo começou em 1835. Na ocasião, o jornal The New York Sun publicou algumas matérias usando o nome de um astrônomo real e um colega que foi inventado sobre ambos terem encontrado vida na Lua. Aproximadamente 30 dias depois, os responsáveis desmentiram a publicação e afirmaram que era apenas boatos.
Em resumo, as fake news são informações falsas ou mentiras que viralizam entre a população, que as toma como se fossem verdadeiras. Nos dias de hoje, elas acontecem com mais frequência nas redes sociais e outras plataformas digitais, como Telegram e WhatsApp.
Em sua obra “1984”, George Orwell já retratava a manipulação da informação. Lembra?
Nós separamos um trecho da famosa obra de George Orwell, 1984, em que ele cita o uso de informações falsas pelo Ministério da Verdade. Confira:
A modificação do passado é necessária por duas razões, uma das quais secundária e, por assim dizer, preventiva. A razão secundária é que o membro do Partido, tal como o proletário, tolera as condições vigentes em parte porque não dispõe de termos de comparação. Mas, de longe, a razão mais importante para que se reajuste o passado é a necessidade de salvaguardar a infalibilidade do Partido.
Como as fake news impactam a reputação da marca?
Um relatório desenvolvido pela Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – mostrou que aproximadamente 50% das empresas brasileiras já foram vítimas de algum tipo de notícia falsa. Consequentemente, 92% dos respondentes afirmaram que estão preocupados sobre o quanto as inverdades podem causar estragos à reputação das empresas.
As informações citadas acima mostram que a desinformação tem um grande potencial de afetar diretamente a imagem das empresas.
O jornal “O Globo” publicou um estudo com a análise de 80 conteúdos diferentes sobre a eleição. Entre os 10 que mais viralizaram, 6 deles eram mentirosos. Concluindo, as postagens cujas informações não eram verdadeiras tinham um potencial de alcance muito maior do que as apuradas.
Diante desse cenário, os resultados podem ser catastróficos e até irreversíveis se não forem controlados por um plano de gerenciamento de crise e respostas rápidas.
A boa notícia é que o Brasil é uma referência no combate às fake news da América Latina. De acordo com “Latin American Communication Monitor”, nós somos o país latinoamericano que mais dá atenção ao debate sobre as notícias falsas. Além disso, os departamentos de comunicação do Brasil são os que mais trabalham nessa luta.
O que fazer para combater as notícias falsas?
Monitoramento, análise, planejamento e plano de gestão de crise. Lidar com a desinformação não é uma tarefa simples, exige metodologia e apoio de ferramentas tecnológicas para ampliar o alcance dessa estratégia e obter melhores resultados. Veja a seguir o passo a passo para lidar com fake news e boatos dentro da sua empresa:
Monitoramento integrado
O clipping é uma solução fundamental para entender o que os veículos de imprensa falam da empresa, concorrentes e do mercado. Mesmo assim, é fundamental que a assessoria de imprensa ou a equipe interna de comunicação contem com o apoio da tecnologia para que o monitoramento aconteça em sinergia com as plataformas digitais como redes sociais, podcasts, blogs e outros canais distribuidores de informação.
Parceria com influenciadores
Diante da popularização do conteúdo gerado pelo usuário (UGC), é importante que a empresa esteja próxima de alguns influenciadores parceiros que possam desmentir uma possível informação falsa propagada nas redes sociais e outros canais digitais. Essa estratégia garante que a informação certa seja distribuída para os seus seguidores, além de atuais e potenciais clientes.
Posicionamento e proximidade com as pessoas
Depois que as notícias falsas se propagaram, ignorá-las ou se manter em silêncio não é o melhor caminho. Manter a comunicação e a relação transparente com o seu público vai fazer toda diferença na reputação da marca. Quando o diálogo acontece de forma direta, fica muito mais fácil de acreditar no posicionamento da empresa.
Recorrer à Justiça e solicitar que elas sejam excluídas
Isso pode ser feito, sim. Por mais que as pessoas digam que “o print é eterno”, uma empresa que foi prejudicada por disseminação de notícias falsas pode entrar com um processo judicial contra os canais que espalharam o conteúdo e determinar a exclusão do conteúdo mentiroso. Pensada como uma solução a longo prazo, essa é uma vitória sobre as fake news.
Por que o monitoramento é importante para manter a reputação da marca?
O monitoramento de notícias e outros conteúdos jornalísticos é o primeiro passo para combater a desinformação. Para fazer esse trabalho, leve em consideração os seguintes aspectos:
- Defina as palavras-chave.
- Mapeie os principais veículos jornalísticos a serem monitorados.
- Analise as matérias monitoradas de forma qualitativa.
- Identifique o sentimento como neutro, negativo e positivo para a reputação da marca.
- Em matérias negativas, mapeie o gatilho que causou a repercussão na imprensa.
- Mantenha um trabalho constante, ágil e em tempo real.
- Não monitore notícias de forma manual. Você precisa ser ágil, abrangente e preciso.
- Escolha uma alternativa para otimizar o monitoramento (Knewin Monitoring).
Lembre-se de não deixar de lado também as redes sociais. Estudos recentes mostram que esses canais digitais são a principal fonte de informação dos brasileiros. Por isso, lembre-se:
- Acompanhar a marca e identificar quem está insatisfeito.
- Encontrar conteúdos do público interno desalinhados que podem ser gatilhos de crise.
- Mapear a repercussão das notícias.
- Publicar notas oficiais e manter a transparência, evitando boatos.
- Deixar a estratégia de SAC 2.0 com mais recursos para fazer atendimentos efetivos.
Com isso, fica mais fácil evitar as notícias falsas e ter tempo para agir com inteligência, cautela e estratégia.
Descubra como a Knewin pode reforçar na luta contra as notícias falsas
Para o combate às notícias falsas e uma análise constante e inteligente com o apoio da tecnologia, vale a pena considerar uma plataforma que faça todo esse trabalho em tempo real e seja simples de manusear, como é o caso do Knewin Monitoring.
A ferramenta ajuda a fazer um levantamento de notícias em mais de 80 idiomas de forma centralizada: rádio, TV, impresso e on-line (como redes sociais e outros canais digitais). Além disso, permite mensurar dados imediatamente com reports ou exportações e ainda possibilita uma análise automatizada de menções sobre os últimos 6 meses.
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