Em meio à pandemia do novo coronavírus, os canais de notícia estão reforçando a importância do acesso a informações verdadeiras e relevantes, bem como da transparência dos dados. Isso porque é mais fácil criar e multiplicar informações falsas durante uma crise, o que precisa ser combatido.
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De acordo com o European Communication Monitor 2019, mesmo antes da Covid-19, a preocupação com o alto fluxo de informações e com a velocidade das notícias já era um dos maiores desafios enfrentados por profissionais de comunicação até 2022. O estudo mostra, ainda, que as prioridades dos jornalistas são a construção da confiança, a manutenção da transparência e criação e distribuição de conteúdo relevantes.
Consumidores buscam mais transparência
Uma consequência das inúmeras restrições impostas à população foi o aumento pela busca de notícias e dados transparentes sobre a crise.
Segundo a pesquisa do Comscore, o assunto coronavírus apareceu em mais de 18 milhões de horas nos programas diários de notícias norte-americanos.
As visitas aos sites de notícias também aumentaram. De acordo com o relatório, houve crescimento de 23,4% na semana de 9 a 15 de março em cerca de 40 sites de notícias. Todas as informações foram comparadas aos meses de janeiro de 2020.
Como combater fake news sobre novo coronavírus
O monitoramento de informações é o melhor aliado para o momento de crise imposto pelo novo coronavírus. Com essa estratégia, é possível ganhar agilidade e objetividade em qualquer tomada de decisão.
Ao monitorar notícias, podemos encontrar dados atualizados sobre a pandemia, as ações de outros países que já passaram pela mesma situação e prever cenários estratégicos para o pós-crise.
E o melhor a se fazer é avaliar o teor das notícias para fazer checagem de fatos de forma minuciosa e identificar qualquer dado falso sobre a pandemia.
Nas mídias sociais, a checagem também deve ocorrer. Por lá, é possível, por exemplo, identificar as menções ao vírus e, assim, elaborar um mapeamento com hashtags.
Esse monitoramento vai ajudar na passagem correta das mensagens ao público, além de notificar as reações dos consumidores com as novas estratégias.
E utilizar uma ferramenta de inteligência para monitorar as informações é a opção mais indicada nos momentos de crise, pois traz mais rapidez na coleta e análise dos materiais, com muito mais precisão.
Comunicação positiva em tempos de crise
Para ampliar o acesso da população às informações verídicas sobre o novo coronavírus, 91 organizações de checagem ao redor do mundo se uniram no projeto CoronaVirusFacts Alliance.
A colaboração global para desmentir os boatos está unida desde o dia 27 de fevereiro e já tem 40 países participantes. Segundo a diretora-adjunta da International Fact-Checking Network (IFCN) e fundadora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila, em apenas um mês de trabalho, foram efetuadas 570 checagens sobre a pandemia.
A metodologia utilizada para encontrar as notícias falsas relacionadas ao novo vírus é baseada em planilhas e documentos na nuvem, editados no ambiente digital. As principais informações levantadas são: a mentira que foi checada com link, data e resumo, nome e contato do checador.
Para o grupo, o principal legado do projeto é a união dos profissionais de jornalismo em prol de uma causa em comum: transmitir informações verídicas à população.
Além das checagens, a IFCN tem produzido análises sobre o fluxo de conteúdo falso e já identificou duas ondas de desinformação.
Para Cristina Tardáguila, o esforço do tem mostrado efeito positivo, pois até aplicativos de mensagens e mídias sociais estão aderindo às checagens de fatos ou restrições a menções de notícias falsas relacionadas ao novo coronavírus.
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