Quando o assunto é impulsionar o resultado da estratégia de comunicação, a inteligência de dados é uma das aliadas nesse processo. No entanto, como é possível conectá-la com eficiência à rotina da sua equipe para aproveitar todo o potencial que ela tem no cuidado com a imagem de marcas?
E mais: como aplicar e simplificar a Inteligência, que é uma abordagem de negócio que utiliza ferramentas e atividades analíticas, fazendo com que ela se torne mais palpável e dinâmica para a realidade de áreas de comunicação? É o que você vai descobrir neste artigo.
Inteligência de dados Vs estratégia de comunicação
Pense nas seguintes ações: entrar nas redes sociais e nos portais para ler as notícias; assinar uma newsletter; compartilhar uma opinião no Twitte;, ouvir música pelo Spotify, ligar o Waze para evitar o trânsito ou seguir um influenciador no Instagram.
Nessa jornada, uma série de informações ficaram pelo caminho: dados como horários da rotina, audiência de uma notícia, repercussão de um tuíte, geolocalização dos lugares que frequenta…
Em resumo, todas essas informações podem ser utilizadas na estratégia de comunicação de qualquer modelo de negócio, por exemplo, fortalecendo o relacionamento com stakeholders. Chamamos de hiperconexão.
Ou seja, utilizar essas informações para orientar as decisões e ações da área de comunicação nada mais é do que Inteligência de Dados.
Mas a pergunta que fica é a seguinte: como as empresas estão usando os dados pensando em toda a jornada do cliente? É exatamente sobre isso que nós falaremos a seguir. Acompanhe!
Leia mais:
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>> Como fortalecer a estratégia de comunicação empresarial com dados?
Passo a passo: como captar e analisar dados para a estratégia de comunicação da empresa?
1- Para onde estamos indo?
O primeiro passo para trabalhar a estratégia de comunicação com Inteligência de Dados é saber o objetivo da empresa: aumentar as vendas da sua loja virtual, levar mais pessoas para o site da companhia ou impactar possíveis investidores no B2B.
Saber o destino da viagem é fundamental para definir o caminho que iremos percorrer até lá. Esse direcionamento pode ser um pouco complexo para muitas empresas que, ao pensar em uma boa estratégia de comunicação, acabam focando muito mais em quantidade do que em qualidade.
Um bom parceiro estratégico com referências e experiência de mercado pode ajudar bastante, ainda mais neste começo da jornada que vai conectar o racional dos dados ao criativo da comunicação.
Portanto, saiba que dúvidas irão aparecer e, quando isso acontecer, ter alguém experiente pode fazer toda diferença.
2- O que precisamos para chegar lá?
Depois que o destino da viagem está decidido, é hora de encontrar o melhor caminho para chegar até lá. Assim como as rodovias, marginais, avenidas e ruas oferecem possibilidades com ou sem trânsito, os dados também direcionam a estratégia de comunicação.
Se uma empresa vende roupas online e busca aumentar o número de vendas da plataforma, já temos um destino. Para chegar lá, é preciso entender alguns pontos, como:
- As pessoas estão chegando ao site?
- Como está a visibilidade da marca em comparação à concorrência?
- Qual é o índice de conversão dos visitantes até se tornarem um cliente?
- O e-commerce é mais acessado via mobile ou desktop?
- Quanto tempo essas pessoas permanecem na loja?
- Quantas compras foram realizadas em determinado período?
- O que leva os visitantes a saírem do site? Existe uma página em comum?
- Como são os atuais consumidores? E os visitantes?
- O que as pessoas estão falando sobre a empresa nas redes sociais?
- Quando essas pessoas normalmente desistem da compra?
- Que tipo de iniciativas são tomadas no pós-vendas?
Essa lista tem algumas perguntas que ajudam a levantar os dados necessários para criar uma estratégia de comunicação com ações efetivas para o perfil de cada cliente. Quando bem elaboradas, as respostas ajudam a criar uma jornada tão autêntica que parece até feita exclusivamente para cada cliente. Impressionante, não?
Segundo a pesquisa Evolution Report Latam, conduzida pelo MIT Technology Review, 89% dos entrevistados concordam que são os dados que melhoram as decisões de negócios.
A mesma pesquisa indicou que os entrevistados relacionam a inteligência de dados ao crescimento de um negócio. Ao mesmo tempo que uma análise de dados mostra resultados reais, ela pode se desdobrar em novos insights para as organizações.
3- Monitoramento: onde encontrar os dados importantes?
Você sabe aonde quer chegar e o que precisa para atingir seus objetivos, agora é hora de descobrir onde estão essas informações. Antes da evolução exponencial da tecnologia dos últimos anos e a presença massiva dos brasileiros nas redes sociais, o monitoramento era feito através dos veículos de comunicação.
Jornais, revistas, rádios e televisão. Então, contratar uma clipadora já era o suficiente. Muitas vezes a empresa já tinha um relatório com as informações sobre o que estava sendo falado sobre a empresa.
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Porém, as coisas mudaram um pouco. De um lado, os canais onde as pessoas podem se comunicar e se posicionar ganharam ainda mais força com as redes sociais. O posicionamento também ganhou dimensões impressionantes, seja por um meme ou pelo posicionamento polêmico de uma autoridade no Facebook. A velocidade da informação alcançou o tempo real.
A parte boa disso tudo é que as informações disponíveis também aumentaram. Este fato abriu a possibilidade de criar estratégias de comunicação muito mais assertivas. Isso, claro, se as empresas souberem usar os dados com inteligência, qualificando o trabalho, não apenas quantificando.
Ou seja, hoje é possível obter dados dentro das próprias plataformas. As empresas conseguem ter alguns dados de alcance no instagram, google analytics e em um software de clipping. Todavia, não adianta obter acesso total aos resultados se os mesmos não forem analisados de forma correta.
Em suma, a análise de dados precisa ser verificada com tempo e inteligência.
4- Análise
A etapa de análise é superimportante para a estratégia de comunicação. É neste momento em que mostramos a inteligência por trás da tecnologia. E, para que ela seja feita com qualidade, é preciso a sinergia perfeita entre a capacitação das pessoas e as ferramentas.
A tecnologia precisa ter a função de agilizar os processos manuais e mais burocráticos. Ou seja, facilitar o cotidiano das equipes de comunicação. Isso porque, caso a tecnologia não seja intuitiva e fácil, o tempo desperdiçado ao fazer a leitura de todas essas informações será enorme.
Afinal, é melhor ver os dados em uma planilha complexa ou em um dashboard simples, visual e bastante interativo?
Definitivamente, a análise dos dados é fundamental para a estratégia de comunicação. É por meio dela que a percepção sobre as informações apresentadas irá direcionar a tomada de decisões que virão a seguir. Outro aspecto a ser ressaltado é a obtenção de novas ideias.
5- Reforçar ou refazer
Quase que paralelo à análise de dados, a ideia de monitorar, levantar e analisar as informações é justamente para definir as ações que virão daqui pra frente. A iniciativa deu certo? Então, vamos entender o porquê e replicá-la em diferentes formatos.
Deu errado? Tudo bem. Vamos entender o que houve e aprender juntos para corrigir em uma próxima iniciativa. Essa é a essência da inteligência de dados, dar base e argumentação racional e prática sobre as decisões da empresa.
É exatamente por isso que a inteligência de dados existe. De certo modo, o negócio consegue determinar o que deu certo, o motivo, o que pode ser mudado, o que será aprimorado. Dados sem uma boa análise se tornam apenas números. É preciso aprender à interpreta-los.
Quando aplicada à estratégia de comunicação, essa inteligência pode potencializar os resultados de maneira surpreendente, mudando completamente a visão sobre o trabalho por parte do cliente ou os demais setores da empresa. Falando nisso, é legal saber…
Como aplicar esses dados na minha estratégia de comunicação?
Você já ouviu falar nos cinco pilares do Data Driven? Eles são o primeiro passo para montar uma estratégia de comunicação guiada por dados e se baseiam em:
- Pessoas
- Processos
- Assets
- Dados
- Tecnologia
Mas como esse conceito funciona na prática?
Primeiramente, quando falamos em PESSOAS, a escolha da equipe é primordial. Isso vale tanto para a escolha dos profissionais, quanto para o treinamento dessas pessoas. Eles irão analisar e cruzar dados para transformar esta matéria bruta em insights.
Em segundo, na etapa PROCESSOS, é importante saber quais informações usar, como e onde buscá-las e como combiná-las. Com essas informações, já é possível montar um fluxo ou um organograma que organize essas iniciativas.
Em terceiro lugar, a GESTÃO DE ATIVOS DIGITAIS (ASSETS) diz respeito à governança sobre os canais de captura de dados. Sistematização da coleta, análise e compartilhamento, aqui entra toda a definição de como o trabalho será realizado, se será necessário contratar fornecedores ou aumentar a equipe, por exemplo.
Os DADOS são, obviamente, essenciais para a cultura data-driven. Sem eles, ela não existe. Por fim, a TECNOLOGIA dá velocidade ao trabalho, já que o volume e informação disponível é cada vez maior.
Todavia, na implementação dessa metodologia, não se pode ter pressa. É preciso sempre pensar na qualidade dos dados obtidos. Reflita se eles se encaixam na cultura do negócio e se fazem sentido serem avaliados naquele momento.
Se você conseguir aplicar alguns dos tópicos apresentados aqui, então conseguirá conectar a inteligência de dados à estratégia de comunicação com facilidade. Desse modo, garantimos que as informações sejam todas identificadas, coletadas e analisadas no lugar certo e no momento correto.
Concluindo
A inteligência de dados se tornou indispensáveis para marcas que desejam tomar boas decisões. Ao mesmo tempo que a tecnologia auxilia no cotidiano de profissionais, a mesma facilita a boa compreensão de relatórios e tomada de decisões.
Entretanto, é necessário ter profissionais capacitados e uma boa tecnologia para que a análise possa ser efetiva e gerar resultados.
Caso tenha interesse em saber como conectar a Inteligência de dados à sua estratégia de Comunicação, entre em contato com os nossos consultores especialistas.
*Este artigo foi originalmente publicado em 17 de novembro de 2021. Desde então, vem sendo atualizado e enriquecido.